A MALUNGU

A Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombo do Pará – Malungu é a instituição que representa as mais de 500 comunidades quilombolas paraenses nos planos estadual e nacional. Independente de partidos políticos e órgãos governamentais, a entidade é composta por associações quilombolas de diversas regiões do Pará.

A missão institucional da Malungu é defender os direitos das comunidades quilombolas, sem fazer discriminação de cor, raça, orientação sexual e gênero, profissão, credo religioso ou convicção política.

A origem e a história da Malungu estão fortemente associadas à luta travada por mulheres e homens quilombolas com o objetivo de efetivar e garantir seus direitos territoriais reconhecidos na Constituição Federal Brasileira de 1988. A formação da entidade teve início em novembro de 1999, durante um encontro realizado no município de Santarém, na região do Baixo Amazonas. Naquele momento, a coordenação foi instalada em caráter provisório com o propósito de articular e fortalecer a atuação das associações quilombolas em nível estadual. Em março de 2004, a Malungu foi oficialmente institucionalizada.

GESTÃO

Organicamente gerida por lideranças quilombolas, a Malungu é o espaço democrático e participativo que as comunidades quilombolas construíram coletivamente para garantir seus direitos nas esferas governamentais municipal, estadual e federal, bem como para reafirmar sua cultura e seu modo de vida junto à sociedade. Norteia-se por princípios que visam à garantia do modo de vida, dos direitos e de condições equânimes para as comunidades quilombolas no Pará, na Amazônia e no Brasil. Para atingir seus objetivos, a Malungu executa projetos próprios, realiza parcerias e mantém atenção permanente às questões que afetam a população quilombola no país.

A Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombo do Pará – Malungu é a organização que congrega e representa as associações de comunidades quilombolas do Pará.

A PALAVRA MALUNGU

De origem africana, significa COMPANHEIRO. Assim, lado a lado, lutamos pela garantia de nossos direitos e pelo reconhecimento social dos quilombolas.

LUTA CONTÍNUA

Apesar da conquista formal de direitos e de alguns poucos avanços na criação de políticas públicas específicas, na prática comunidades quilombolas continuam sofrendo toda sorte de desrespeito, violência e injustiças sociais e ambientais, sendo cotidianamente massacradas pelas desigualdades que assolam o Brasil. Por isso, a Malungu entende que a atenção permanente e a contínua articulação de ações coletivas são fundamentais para cobrar ao Estado sua dívida histórica com as comunidades quilombolas e exigir a execução de políticas públicas capazes de garantir a todos os seus membros as condições e oportunidades necessárias para que vivenciem plenamente sua cidadania.